Capitulo 1
Quando subi aquelas escadas e me deparei contigo, tu sorriste e os teus olhos
brilharam, como nunca vira algo igual e fizeste uma cara de surpreendido. Senti
logo no momento uma enorme envolvência...Como se já me conhecesses de algum lado.
Fui cordial. Cumprimentei. Sorri e entrei na sala. Mas algo ficou naquele
momento apetrechado em mim. Algo que nunca consegui explicar. Ouvi-te a falar e
o som da tua voz foi que nem melodia para os meus ouvidos. A forma como te
expressavas, prendia a minha atenção. Foi então que, sem pudor, comecei a
reparar no teu corpo e em todo tu. As calças de ganga coladas ao corpo,
definindo cada parte tua, mostrando na bela forma em que te encontravas.
Concentrava estupidamente o meu olhar nas tuas pernas, nádegas e na tua parte
mais íntima. Sempre adorei um homem com um belo rabo, sou sincera! A camisa
justa a fazer transparecer o teu peito musculado e os teus braços trabalhados e
bem definidos, que me faziam querer trepar por eles acima. Os teus lábios
grossos e lineares, perfeitos, deliciosos, prontos para serem mergulhados num
mar de saliva e língua. E os teus olhos...Ah! Os teus olhos…! Profundos e
sorridentes! Adoro pessoas que sorriem com os olhos. Enchem a minha alma,
transformam o meu coração, fazem-me sentir inexplicavelmente plena, cheia de
vida, como se de repente tivesse a capacidade de flutuar, de abrir as asas e
levantar voo. Naquele momento, senti que eras, de alguma forma, especial.
Tentei manter-me séria e calma. Mas sou sincera, por vezes custava-me enfrentar
o espelho da tua alma, olhar direto nas profundezas do teu olhar, enquanto
tinha de falar diretamente contigo. Sentia-me um pouco sem chão, por ser o
objeto da tua atenção. Perder-me-ia horas sentada a olhar apenas para o teu
olhar...aquele que me algemou, mal pus os olhos em ti. Aquilo que senti foi
mais forte que apenas desejo. O desejo faz-nos cair numa infindável montra de
sensações indescritíveis, mas o que me ocorrera, fora algo mais delicioso,
cativante e profundo.
Nesse
dia, começaste a ser o meu amante...aquele que prendia os meus pensamentos a
todos os minutos, que me tirava o fôlego, que fazia o meu coração bater mais
rápido e me enchia de emoções avassaladoras que percorriam todo o meu corpo,
deixando-me repleta de vontade de te ter dentro de mim como nunca tive ninguém,
ligando alma e corpo.
“O
que me está a acontecer? Isto não é normal…!” - Deambulava eu com estes
pensamentos.
Tudo
não passava de um sonho, sei bem. Mas deixavas-me tão extenuada de prazer, que
sentia frequentemente a necessidade de extravasar aquilo que me percorria nas
veias, de me libertar deste desejo carnal tão poderoso que me fazia contorcer
de todas as maneiras imagináveis. Queria que me possuísses, queria ouvir a tua
respiração ofegante enquanto te enchias de prazer ao tomar o meu corpo e a
minha alma. Queria o teu corpo colado ao meu, queria tremer, contorcer-me,
sentir cada pedaço teu, conhecer cada recanto de ti, queria encher-me do teu
cheiro e ficar com ele impregnado, para sempre, na minha pele, para nunca me
esquecer do quanto me enlouqueceste e enlouqueces, queria rejubilar-me
loucamente nos teus braços, encher o meu peito de felicidade e de alegria até
que as lágrimas me caíssem dos olhos, de tão feliz que estaria.
Tudo
isto era um sonho! Que não passava disso mesmo, um sonho...
Quis
ver-te novamente. A minha mente, coração e corpo assim o pediram. E sabia que
isso iria acontecer. Contava os minutos para que acontecesse e chegada a hora,
tive de respirar fundo antes de te ver. Entraste na sala meio apressado, já um
pouco atrasado e sorriste. Era incrível a energia translúcida que emanava da
tua alma. Conclui que tinhas o poder de transformar vidas, sem dúvida. E foi
isso que me cativou também. Nunca conheci alguém assim, com esse poder de
iluminar um local, só com a sua presença.
Nesse
dia, perdeste-te numa conversa que parecia infindável comigo. Falámos daquilo
que nos ligava. E começámos a relembrar o passado das coisas. Deixá-mo-nos
divagar entre pensamentos e ideias, ao ponto de nos abstrair de tudo o que nos
estava a rodear. Eras só tu e eu. Esqueci-me, por momentos, daquilo que me
fazia suspirar, que me arrebatava, que eras tu. Falei sem medo, sem limitações
e restrições, sem vergonha de cometer alguma incorreção, de me sentir parva, de
corar por cometer algum erro. Fizeste-me sentir eu própria, compreendida por
alguém que entende o meu mundo, o meu pensamento, pois sempre me senti uma
extraterrestre no meio das mulheres, por gostar de certos assuntos que não são
tão vocacionados para o sexo feminino. Achei piada quando tomei consciência de
que tínhamos perdido o rumo do que se pretendia naquele momento, e olhando ao
meu redor, pus um ponto final na conversa. Mas percebi que acabara de ganhar
ali um amigo. Alguém com quem partilhava um gosto de vida.
Nunca
te esqueci! Afastei-me, por diversos motivos, mantive apenas relação cordial,
assim como tu o fizeste. Reprimi, com naturalidade, os meus sentimentos. Segui
em frente na minha vida. Tive outros encontros, uns mais avassaladores que
outros, mas tu estiveste sempre presente no meu pensamento, talvez porque
estávamos ligados nas redes e ia metendo conversa casual contigo, ao qual
respondias cordialmente, mas sempre de forma fria e mantendo alguma distância,
talvez já consciente de que nunca me poderias ter nos teus braços. Até que um
dia tudo mudou...
Estava
a passar por uma fase algo difícil e num desabafo, veio uma atitude diferente
da tua parte. Começaste por te meter comigo por algo que tinha dito e a
conversa começou a descambar em trocas de ideias e fotos ingénuas, mas algo
provocadoras. O que estava a acontecer connosco?... perguntava eu meio incrédula,
mas ao mesmo tempo desejosa de que não parássemos. Foi então que percebi que
também me desejavas. Que me querias possuir. Esqueci as perguntas. Apenas sabia
que te queria dentro de mim. Os meus olhos encheram-se novamente de paixão e
desejo. O meu peito amoleceu, senti o meu coração a correr desalmadamente
enquanto a minha respiração se tornava cada vez mais ofegante, senti um calor
enorme a crescer dentro de mim e a deixar-me num êxtase brutal, que se dirigia
ao meu ventre, vindo de todos os lados do meu corpo. Sentia-me deliciosamente
desejada e pronta para te ter dentro de mim. Era uma tortura! Nunca senti tanto
desejo por alguém como por ti.
Combinamos
um encontro. Virias ter comigo, de noite, depois do trabalho. Tomámos um café
rápido, falámos um pouco sobre coisas normais, mas denotava em ti que te
sentias algo reticente, com medo de me magoar. Agarrei-te na mão, dando o
sinal. Pagámos e fomos caminhando até ao carro. De repente paraste, viraste-te
para mim, passaste a tua mão pelos meus cabelos, olhaste-me nos olhos e deste-me
um beijo na testa. Eu agarrei a tua face, fechei os olhos e passei com os meus
dedos por ela toda, tentando desenhar na minha mente os teus contornos. Foi
então que, do nada, me deste aquilo que ambos queríamos já há tanto tempo,
desde o primeiro dia, desde que me deparei contigo pela primeira vez. Um beijo
do mais doce e sentido que alguma vez senti. As minhas pernas tremeram. Todo o
meu corpo reagiu. Fomos para minha casa. Á porta, acariciei-te
lentamente os cabelos, enquanto os meus olhos penetraram nos teus,
resplandecentes de brilho, mostrando-me que me desejavas arduamente. Passei o
meu indicador pelos teus lábios húmidos, acariciei a tua face delicadamente,
aproximando a minha boca bem junto à tua. Abraçaste-me e agarraste-me em ambas
as nádegas, chegando-me ainda mais para junto de ti, sentindo todo o meu cheiro
e seios contra o teu corpo. Os teus músculos contraíram-se de desejo, senti o
teu pénis a ficar duro, inflamável de tanto desejo, correndo por todas as tuas
veias e beijaste-me deliciosamente no pescoço. Completamente desguarnecida,
contorci-me de prazer e pedi mais, perdendo-me diabolicamente nesta loucura. Corremos para o quarto, agarraste o meu rosto novamente com ambas as mãos e
provaste o sabor dos meus lábios, ao de leve, deliciando-te depois num beijo
ardente que me deixou sem fôlego e sem reação. Estarreci de paixão e de
tremenda loucura, senti-me completamente possuída por algo bruto e selvagem.
Beijei-te ainda com mais vontade, com mais ardor e disse-te olhando-te bem
dentro dos teus olhos: “Quero-te!” Todo o meu corpo enviava sinais de pura
tesão e prazer para a minha vagina. O teu cheiro entranhava cada vez mais na
minha pele. Beijei-te o pescoço enquanto me começavas a despir a camisa,
tirando um botão atrás do outro, quase que me torturando, quando queria sim que
a rasgasses de uma vez só. Libertaste-me do soutien e ficaste perplexo a olhar
para os meus seios, os teus olhos brilhando naquela meia luz que nos rodeava.
Ficaste completamente estarrecido e disseste: “Perfeitos!” Agarraste num
deles e começaste a rodear cuidadosamente, com a língua, os mamilos, chupando depois
vigorosamente, provocando em mim desejos incontroláveis. Fizeste o mesmo no
outro. Apenas pedi por mais...já não conseguindo raciocinar direito e
deixando-me levar naquela imensidão de prazer absurdo. Deitaste-me na cama e ainda com as mãos nos meus seios, começaste a descer
e a beijar o meu abdômen e umbigo. Depois, abriste as pernas e eu estremeci de
loucura. Sem pudor, beijaste-me as virilhas,
torturando-me até ao último segundo, quando, finalmente, baixaste a minha saia,
tiraste as cuequinhas e te perdeste na minha vagina, beijando-a e chupando o
clitóris, provocando-me e libertando-me vagarosamente daquela tortura que me
possuía. Lambeste cada pedaço, cada recanto, cada pingo do meu suco. Fizeste-me
libertar tudo o que ali estava acumulado e senti, no meu mais íntimo recanto,
todo aquele repasto delicioso que acabará de acontecer. Ainda estarrecida e
desorientada, quis aquilo que sabia que te iria deixar louco de prazer.
Levantei-me. Agarrei-te pelos braços, deitei-te e agarrando no teu pénis,
comecei a massajá-lo bem devagarinho. Queria tanto dar-te aquilo que me
acabaras de fazer sentir! Sentindo-o já bem duro, levei-o à minha boca, sem dó
e tu contorceste-te completamente de prazer. Rodeei a cabeça com a língua e tu
gemeste. Abocanhei-o com vigor e gentileza ao mesmo tempo e senti que fora para
ti deliciosamente bom. Sentindo-me feliz, comecei a passar a língua por todo o
seu tamanho, bem devagarinho e voltei a chupá-lo sem medo. Gemeste novamente! E
fizeste sinal para parar. Beijaste-me novamente com toda a vontade do mundo e
com as tuas mãos, acariciaste-me a face. Deitaste-me, olhaste-me profundamente
nos olhos, cheios de malícia e alegria e levantando as minhas pernas,
colocando-as nos teus ombros, penetraste-me bem devagarinho, para que eu
pudesse sentir todo o êxtase que tu próprio também estavas a sentir. Passaste a
cabeça do teu pênis pelo meu clitóris e eu gemi estupidamente de prazer. Sim!
Queria mais, muito mais agora! Finalmente iríamos ter aquilo que sempre
quisemos. Voltaste a colocá-lo dentro de mim, bem devagarinho e eu gemi
novamente de prazer e de loucura e pedi mais. Começaste a aumentar o ritmo da
penetração vagarosamente e eu soltava pequenos gritos de prazer. Nunca me
sentira assim tão liberta, tão à vontade com alguém, tão EU!
Continuaste
a penetrar-me vagarosamente e cada vez com mais rapidez. Senti-te cada vez mais
tenso e duro dentro de mim. De repente, tiraste as pernas de cima dos ombros e
com um impulso forte e potente, todo o teu corpo se contorceu e deitado e
abraçado a mim, explodiste, olhando-me afincadamente nos olhos, mostrando toda
a tua felicidade naquele momento, fazendo-me sentir única. As lágrimas
escorreram-me pelos olhos...Senti o teu coração acelerado e
todo o suor e cheiro que me deliciavam naquele momento. Senti-me a mulher mais
especial de todo o universo.