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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

domingo, 15 de novembro de 2015

Contradição

Estou bem. Feliz. Alegre. Não finjo!
De repente, viro-me e vejo-te. O meu coração dispara! Sinto um nó cá dentro, um palpitar mais acelerado. Fico triste... Por te ver e relembrar do que ficou para trás. Da mágoa que quebrou aquele cristal, já estilhaçado mas colado em pedaços. Suspiro! Faço que nada é comigo. Evito o teu olhar bobo, o qual nem tu percebes que o tens, nem possivelmente entendes. Suspiro de novo e penso: Tenho de fugir daqui! 
Aguento mais um bocadinho para não dar nas vistas, faço de tudo para não ter que encontrar os teus olhos de novo. Começo então a sentir uma imensa saudade de estar a teu lado e de te ter perto de mim! Contraditório não é? Mas eu tenho de me amar mais do que isso! Sou sensível de mais para ti. Mas também sou forte o suficiente para saber aquilo que quero! E por vezes, não podemos ter tudo o que queremos.
O espaço torna-se demasiado pequeno para nós os dois...
Vou-me embora!

Se não me queres...




Se não me queres, não me ames com os olhos quando me vês...
Se não me queres, não faças promessas enganadoras com o brilho no teu olhar...
Se não me entendes, esquece-me...
Se não me aceitas, afasta-te...
Se não sou importante, despreza-me...
Mas acima de tudo, não me enganes!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A mulher ideal

Há algum tempo atrás, na minha vida, senti-me pressionada a mudar de estilo de roupa, de emagrecer, de usar sapatos altos, tudo isto para "arranjar" um homem.
De facto sentia-me sozinha e triste por ainda não ter encontrado ninguém na minha vida nos últimos anos que me aceitasse como sou.
Na altura, com poucos rendimentos, dada a crise que se instaurou por todo o lado, ainda apenas vivendo das explicações, o pouco dinheiro que me restava servia para os custos do mês seguinte. Cheguei a precisar de comprar umas sapatilhas, porque as que tinha já estavam a fazer buraco na sola e simplesmente não tinha dinheiro para comprar umas novas.
Cheguei a comentar isto com algumas pessoas e percebi que elas compreendiam a minha situação.
No entanto, quando dizia a outras, que me criticavam por usar "roupas de velha", que "mudavam tudo em mim", que não tinha dinheiro para comprar roupas novas, essas pessoas, que muito provavelmente nunca passaram necessidades e tiveram sempre quem as sustentasse mesmo em tempos difíceis, diziam-me que isso não era desculpa. 
Pois lamento contrariá-las, mas de facto é uma das características que consegue diferenciar ricos e pobres, pessoas que têm dinheiro e não se preocupam com despesas e pessoas que têm de contar os tostões todos os meses para não falharem nos seus compromissos. A vós vos digo, crescer em berço de ouro, ter quem nos sustente ou "ajude" pela vida fora de forma desafogada e sem preocupações de menor é algo a que nem todos têm acesso.
Independentemente do que diziam e pensavam de mim, tentei mudar um pouco, tendo a noção das minhas limitações e aproveitando a sorte que me caíra na altura, quando comecei a ter mais algum rendimento, fruto de trabalho noutra área. Mas nada me fazia sentido.
Cheguei a comprar botas e sapatos que estão ali parados na caixa e os quais (as botas pelo menos) sei que já não irei voltar a usar, porque me senti, de alguma forma, pressionada a comprar. Eu até nem sou muito de sapato de salto alto, por vários motivos de saúde: coluna e peso. Mas comprei...e agora vejo o erro que cometi.
A questão aqui é simples: nunca deixei de saber vestir-me bem. Apenas não sou como as outras pessoas, que seguem a moda. Seguir a moda? Hum....Nunca fui de querer ser igual, uma fotocópia, como vemos na noite, quando milhões de raparigas se vestem de igual, tão igual que até se começam a confundir na multidão. Ora vejamos: minissaia justa, top em V aberto até ao umbigo (estou a exagerar óbvio), sapatucho de salto alto e voilá. Não tenho nada contra a forma como se vestem mas realmente quando olhava à minha volta via tudo assim, sem nada que sobressaísse. 
Os homens gostam delas assim. 
Bastou-me usar uma minissaia para atrair alguns olhares. Funcionou. Mas ainda bem que não era uma justa ao rabo!!!:)
Na noite, sofremos muito de preconceito por aquilo que vestimos, especialmente em meios pequenos, onde a mentalidade das gentes é pequeníssima e restrita. Não olham a meios para menosprezar quem não se insere num padrão estético, olhando sempre para o conteúdo e a ostentação. Regem-se pelo que as suas estrelas preferidas vestem e não percebem que acabam por ser cópias dos outros e que a personalidade não está naquilo que vestes,
mas nas tuas tomadas de atitude e forma de pensar.

A "mulher ideal", não deve, portanto, ser aquela que se veste de acordo com as tendências, mas sim aquela que se sente bem com aquilo que veste, na altura em que o veste, com o corpo que tem, sem ter de pensar que vai agradar a este ou aquele. A "mulher ideal" é aquela que luta todos os dias por conseguir aquilo que quer, sem ter de pensar que está bem ou mal vestida. A "mulher ideal" é aquela que sorri para o mundo sem ter de pensar que lhe vão cortar as asas só porque é diferente do padrão predefinido pela sociedade. A "mulher ideal" é aquela que te segura na mão, mesmo quando lhe dás uma "estalada na cara", uma "facada nas costas", um "murro no estômago". A "mulher ideal" é aquela que, te é sempre sincera, independentemente de te magoar, porque sabe que a mentira ainda te trará mais dor. A "mulher ideal" é aquela que mantém os seus valores, independentemente do que digam, que está à vontade e sabe quando deve mudar, para o seu bem e não para o bem dos outros, que vai à luta e sabe aquilo que quer. A "mulher ideal" é aquela que demonstra todo o seu esplendor assim como todas as suas falhas, sem ter medo de ser "atropelada" porque errou. A "mulher ideal"...não existe! Existo eu, tu, ela, todas nós...que somos apenas pessoas com qualidades, fraquezas, medos, características que nos tornam únicas...assim como não existe um homem ideal.
Porque é que só falam da MULHER IDEAL?



segunda-feira, 6 de abril de 2015

Uma história para embalar


Passa. Olha. Estremece. Diz olá. Respira fundo. Estremece novamente. Deixa as borboletas voarem. Respira fundo. Volta ao teu mundo.
- Explicar o inexplicável. Abraçar o intocável. Quebrar aquela barreira. Rir com o olhar e sentir que o mundo seria tão mais fácil se não fossemos assim. 
- Pedras duras ou vidros quebrados?
- A tempestade vai-se e volta. Atormentando o pensamento, questionando, filtrando a informação, perdendo o juízo, enraivecendo. 
- Pára!!! Já não sabes o que te rodeia? Foge!!! Ali ao fundo tens um momento só para ti...Vê a gaivota que posou na areia. As águas estão revoltas. Não ouves lá longe? Aquele turbilhão de sentimentos que chocam uns com os outros. 
- Espera!!!
- Ela  voou!!!!! Voltou ao mar! Estará confusa?
- Não. Apenas se cansou de estar em terra...

(revisto)

O sexto sentido.

Hoje acordei com o meu 6º sentido....e ele diz-me que um dia ainda vais ser meu, para sempre...


domingo, 1 de março de 2015

Desapego

A fuga às emoções


A passagem por este mundo leva-nos a ter de lidar com todo o tipo de pessoas, porque todos somos diferentes, criados e educados por valores semelhantes ou desiguais, passando por experiências que nos moldam com o passar dos anos.
De certo que todos nós já tivemos, temos e teremos desavenças, amizades duradouras, ligações desconcertantes que não conseguimos explicar, amores perdidos, des (amores), complicações e toda uma panóplia de situações que aparecem a cada dia que passa na nossa vida.
Somos educados para superarmos o que nos dificulta o passar do tempo, umas vezes de forma mais fácil, outras de forma mais difícil. É fácil dizermos que faríamos isto ou aquilo, que agiríamos desta ou daquela forma, que somos isto ou aquilo, mas quando chega à altura de enfrentar "o touro pelos cornos", as coisas não são assim tão simples quanto parecem.
Em sociedade, existe o lobo, a ovelha e a raposa. O lobo é aquele que quer dominar o outro, que tem ideias fixas, que não vê a meios para obter aquilo que quer, que não aceita a opinião dos outros. Existe para controlar o seu meio, para ser o chefe da alcateia, o que pretende centrar todas as atenções para si próprio e não admite uma opinião contrária. É ele que comanda. É ele que vive obstinado pelas suas conquistas, independentemente do que os outros sejam, digam e opinem. Normalmente, não tem respeito pelo ser mais frágil e é sobre ele que ou descarrega as suas frustrações ou simplesmente o ignora, se não lhe servir de nada. Esse outro é a ovelha.
A ovelha é calma, mansa, ponderada, sabe viver em comunidade, tem objetivos desde sempre traçados, consegue aceitar-se a si própria como é, respeita o espaço que existe para que todos vivam em comunhão uns com os outros, deixa-se levar pelo que a vida lhe traz, aceitando e crescendo com as situações que se lhe deparam todos os dias. Há quem diga que é demasiado domesticada, mas por dentro tem um enorme poder de assumir as suas preferências, seja a comer "o pasto", seja a criar as suas crias, a encontrar no outro o melhor que ele tem, a enfrentar a dor de um parto...Mesmo que pareça frágil e um animal doce, é dotada de uma enorme personalidade interior. 
Já a raposa é mesquinha, falsa, esperta, adora uma boa caçada, não se dá com todos, vive escondida, mas quando aparece, dissimula todas as suas imperfeições por forma a obter aquilo que quer, normalmente uma presa. Tenta agradar a todos, faz o joguinho matreiro para enganar quem lhe serve de isco para o prato principal. Mente de forma deslavada, gaba-se daquilo que tem e do que não tem, serve-se de uma entrada sorrateira, nega o que está à vista para devorar, no final, o objeto que tanto deseja.
Desapego: O lobo não consegue desapegar-se das suas convicções, mesmo que elas estejam erradas aos olhos de todos, é obcecado, não dorme, fica sempre à escuta, cria inimizades, vive sozinho ou com uns outros quantos que se assemelham a ele. Não se desapega daquilo que lhe complica a vida. Nas recentes versões da história do Capuchinho Vermelho, já não é o Lobo que leva a melhor na história. Come a avó e a menina da capa vermelha, mas por magia, existe um "salvador". A ele, elas lhe ficam para sempre em divida, por o mesmo as salvar da terrível tragédia que aconteceu.
A ovelha tem mais dificuldade em se desapegar, porque dentro dela existem emoções, sentimentos que não lhe permitem um simples apagar de borracha daquilo que experienciou, do que viveu, concentrando-se sempre no seu bem estar e dos outros. Como tenta encontrar sempre o melhor no outro, a separação ou o simples apagar da memória, cravado a pedra, torna-se quase impossível de eliminar. Não que seja rancor, mas sim mágoa e dor, que só com o tempo a tornam mais vivida, mais adulta, mais capaz de resistir a intempéries repentinas. 
A raposa. Bem...a raposa, sendo descrita como é, não tem necessidade de desapego, porque realmente ela não se apega a nada. É demasiado calculista para ter emoções verdadeiras e que envolvam necessidade de desapego. 
Mas o que é isto do desapego afinal? 

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira."


Glória Hurtado

sábado, 10 de janeiro de 2015

Como trocar ideias em redes sociais? Uma análise.

Pensamento do momento: nas redes sociais temos vários tipos de comentadores/"amigos". 
Temos aqueles que sabem dar a sua opinião e respeitar a dos outros sem tirarem conclusões precipitadas, não passando a vias de ataques pessoais. A esses chamamos de amigos, pessoas que nos conhecem tão ou relativamente bem que em caso de dúvida de interpretação nos questionam primeiro sobre o que queremos dizer. Depois temos aqueles que, aquando de uma discussão em termos públicos (sim, a partir do momento em que comentamos um post de alguém estamos à partida a expor-mo-nos em termos públicos), ao não interpretarem corretamente as palavras do outro e ao passarem de imediato ao ataque pessoal, demonstram pouco ou nenhum conhecimento da pessoa com quem estão a trocar ideias e demonstram, infelizmente, uma enorme falta de bom senso e de mau perder. A esses apenas tenho a dizer: com o tempo isso passa, se vos interessar.
E finalmente, temos aqueles que, mesmo não nos conhecendo tão bem, sabem trocar ideias e respeitar a nossa opinião, mesmo que não concordem com ela, sem que passem a vias de ataques. A isso se chama de educação e bom senso?!?!...

P.S. Não sou nenhuma santa, mas é sem dúvida situação que evito, quando não ando com os azeites (TPM). lol
Conselho de amiga: não vale a pena perder o nosso precioso tempo com este tipo de sentimentos. Quando na dúvida, pergunte! Não ataque! E é assim que se constroem amizades fortes e duradouras...se reforçam sentimentos e relações. Coloque-se no lugar do outro. Pergunte-se a si mesmo do porquê? Porque todos somos diferentes, embora iguais. Porque no meio de todos, somos um só, cujo olhar para o mundo é único. Tentar ver o mundo de várias formas é a melhor maneira para aceitar a diferença e fugir do preconceito.