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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

This Is How We Date Now

"We realize that this more we want is a lie. We want phone calls. We want to see a face we love
absent of the blue dim of a phone screen. We want slowness. We want simplicity. We want a life that does not need the validation of likes, favorites, comments, upvotes. We may not know yet that we want this, but we do. We want connection, true connection. We want a love that builds, not a love that gets discarded for the next hit. We want to come home to people. We want to lay down our heads at the end of our lives and know we lived well, we lived the fuck out of our lives. This is what we want even if we don’t know it yet.
Yet, this is not how we date now. This is not how we love now. "

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By Jamie Varon



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Quoting Jane Austen

"The more I know of the world, the more I am convinced that I shall never see a man whom I can really love. I require so much!” 

Jane Austen

sábado, 13 de dezembro de 2014

Por onde anda o amor?

Por onde anda o amor?


A cada dia que passa, sinto um cada vez maior vazio dentro do meu coração.

Não vejo amor em nenhum lado. Um abraço destemido e sincero, um beijo que perdura no tempo e nos lábios, uma alma enternecida com o calor humano, por uma ação que lhe tocou dentro do seu ponto mais puro e o qual explodiu num sentimento de alegria e sensação de bem-estar presente num simples sorriso ou olhar cúmplice, o simples agarrar de mãos que transpõe fronteiras, que passa de um gesto simples a um gesto de pura alegria e transmissão de boas sensações, que se limitam pela crueldade e frieza, o orgulho e medo de nos dar-mos a alguém.

Não vejo amor no olhar das pessoas. Vejo interesse, orgulho, posse, hipocrisia, receio de enfrentar sentimentos que nos arrebatam, mas cujos escondemos porque temos medo de assumir e demonstrar o que os outros não esperam de nós, perdendo assim a oportunidade de sermos felizes.

Julgamos os outros sem conhecer as suas reais motivações, o seu passado histórico que tanto influencia a sua maneira de ser, apontamos o dedo a todos, apontamos as armas para nos sentirmos superiores, altivos, Reis de uma nação que vive corrompida por pura hipocrisia e egoísmo. Há quem diga que somos aquilo que nos rodeia. E de facto, não foge muito desta verdade.

Mas podemos ser muito mais se aceitarmos as pessoas como elas são. Se ao invés de as recriminarmos, as apoiarmos em momentos desconcertantes da sua vida, se tentarmos ser "amigos" do próximo, sem pensar que iremos ser recompensados por isso. Seremos recompensados sim. Sempre. Mas nunca pela via material.

Onde anda o amor?

Foge-me das mãos? Não. Nem sequer vem ter comigo. Foge de mim a sete pés. Fica longe. Distância-se sempre que dentro de mim cresce algo, algo que nunca deveria crescer se é para sofrer.
De longe somos perfeitos, de longe somos fortes o suficiente para não cair em desespero, em sofrimento por alguém que entrou nas nossas vidas para nos fazer sofrer, por vezes sem querer, outras querendo e magoando de tal forma que trancamos o nosso coração a sete chaves durante algum tempo, e se formos saltando de desgosto em desgosto, vamos gelando cada vez mais, receando sempre mais e mais um novo sobressalto no nosso coração.

O quebrar de silêncios já mais será um bom conselheiro para aqueles que fogem às ditas regras sociais e de beleza.
Somos como somos, cada um à sua maneira e com os seus próprios problemas, e sofremos cada vez mais de preconceitos por não sermos os ditos "normais". Amor existe só para alguns. Aqueles que sabem ver para além da cara, do corpo, da forma de vestir, da cor, da etnia, etc. Amor existe para aqueles que sabem preservar uma amizade, o respeito por si e pelo outro, a confiança que nunca acaba, as confidências que tornam uma relação em algo único e pessoal.

Sou como sou e o amor não me quer e eu tenho tanto, mas tanto para dar.


Por vezes, todos precisamos de um amigo


A solidão vem com o avançar dos anos. Lamentavelmente, começamos a perceber que, se não entramos no mesmo conceito de procriação e vida "destinada", começamos a ficar para trás. Aqueles amigos que nos juram amizade eterna, quando ainda estamos nos nossos tenros anos de criaturas inocentes, onde a responsabilidade é uma palavra que não entra no nosso dicionário, serão mais tarde aqueles que, por via da evolução da espécie humana, nos abandonam, porque simplesmente seguiram com a sua vida, com outras pessoas que preencheram o seu coração. Uma realidade bem distinta, principalmente nos meios mais pequenos.
Numa sociedade regida pelo egoísmo e hipocrisia, não será difícil de, quando chegamos à fase de adultos, darmos por nós a pensar por onde estão aquelas pessoas que um dia foram importantes para nós, porque partilhávamos crenças, ideais, falávamos do que era justo e injusto, apoiávamo-nos quando as coisas não corriam bem, estávamos no local certo e à hora certa para servirmos de apoio. Hoje em dia, limitamo-nos a ver acontecer, a ver passar, a não estar presente, a não dar uma palavra direta de apoio, a quebrar todas as regras que um dia existiram, porque simplesmente passámos a ser mais egoístas e começámos a lidar com os outros de forma fria, calculista e desprezível. Quem um dia nos usou deliberadamente para não se encontrar sozinho, deixou-nos para trás ao libertar-se sem escrúpulos de uma amizade que aparentemente seria forte, para um.
Mesmo que as prioridades mudem: chamemos-lhe de trabalho, filhos, marido ou namorado, será que não há tempo para estar com aqueles que um dia dispensaram do seu tempo para estar ao lado de alguém com quem sentiam enorme empatia e consideravam amigos, alguém esse que se limitou a apagar-nos da memória?
Será que o conceito de amizade mudou assim tanto, que hoje em dia, até com as novas tecnologias que nos permitam estar com esse "alguém" em tempo real mas em locais diferentes, elas simplesmente te ignoram? Ou será uma questão de valorização? Será que a tal amizade que perdurou no tempo enquanto adolescentes e jovens não era sincera e apenas de puro e mero interesse de tal forma que quem se sente despojado, tornou-se mesmo numa carta descartável da vida desse alguém?
Não acontece com todos. Convenhamos. Mas acredito que aconteça com muitos que levam no coração a amargura de um dia terem sido colocados de parte, desalojados de um bem-estar que prometia permanecer de pé durante toda uma vida.